Por que veganos não consomem mel
- natalia.lopesv
- 21 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
Quando falamos sobre veganismo, muitas pessoas estranham o fato do não consomo de mel, afinal, criamos a ideia de que o mel é produzido para nós humanos. Mas será que é assim? Vamos entender como acontece a interferência humana na vida das abelhas e como essa pratica industrial é prejudicial para as abelhas.
A produção do mel começa quando as abelhas operárias saem para coletar o néctar das flores (nessa fase, também ocorre a polinização, que tem extrema importância para o ecossistema), as abelhas possuem um 'segundo' estômago que é onde elas guardam o néctar durante toda a viagem de volta à colmeia.
No retorno, elas iniciam a transformação do néctar em mel, através de uma enzima que transforma sacarose em glicose e frutose, depois disso, com auxílio de uma nova enzima, é elevado a acidez do néctar para que o mesmo não fermente.
Após esse processo, as abelhas vomitam o néctar semi-digerido para as abelhas jovens, que irão trabalhar cerca de meia hora para terminar de digeri-lo e começam a fase de desidratação, que é feita também pelas abelhas, as mesmas batem suas assas até o mel chegar em 17% da quantidade original de água, selando esse mel com cera (aqui elas acreditam que estão protegendo o mel dos ataques externos, viu como o mel não é produzido para nós?)
Podemos observar que todo esse processo é extremamente trabalhoso e cansativo, e esse é um dos motivos pelos quais os veganos não consomem mel, pois não apoiam a exploração animal, pois consumir mel, é o mesmo que tirar o alimento das abelhas.
Na indústria, todo esse processo se torna ainda mais invasivo, pois os apicultores utilizam do processo de fumigação, que consiste em jogar fumaça da queima de palha ou sabugo para desacordar as abelhas e assim poder manusear a colmeia, porém, após esse processo, as abelhas acabam morrendo por asfixia ou por alta temperatura da fumaça.
E a exploração não termina por aí, os apicultores costumam esmagar as abelhas para extrair o favo e as abelhas rainhas são inseminadas artificialmente com seringas e ganchos, nesse processo é injetado o sêmen de zangões decapitados (eles arrancam a cabeça do zangão e espremem seu corpo, assim o sêmen sai).
As asas das rainhas são grampeadas pelos apicultores para que elas não abandonem a sua colmeia, levando as abelhas operárias junto. Nesse processo, para evitar que animais silvestres consumam o mel, são colocadas armadilhas para captura e matança dos mesmo, entre eles, temos o tatu.
Quando alguma colmeia esta doente, os apicultores queimam as mesma com as abelhas vivas.
Viu como o melzinho que você coloca no iogurte, na granola, não é inocente como pensamos?
A exploração comercial contribui para a redução da expectativa de vida das abelhas, e a criação em grande quantidade das mesmas, prejudica outros insetos que também consomem o mel, e assim a quantidade de outros animais polinizadores têm diminuido.
Que tal experimentar outras opções no lugar do mel? Uma das substituições fáceis de encontrar e extremamente barata é o melado! Produzido através da cana de açúcar e sem nenhum tipo de sofrimento animal.
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